domingo, 1 de março de 2009

O LABIRINTO DO FAUNO

Labirinto do Fauno não é um filme, é um achado. Não é história, é filosofia. Não é filosofia quadrada, é filosofia com asas. Tudo se passa por meio de duas histórias cruzadas e entrecruzadas: uma, a dos momentos finais da guerra civil espanhola, e a outra, a dos sonhos ainda infantis de uma pré-adolescente.
A arte filosófica do filme está não só no engenho da narrativa de um filme bem feito, que prende a atenção do começo ao fim, mas, sim, de ser capaz de fazer o desenho do mal como ele é. O mal é personificado naquilo que todos que viveram o século XX souberam reconhecer: o fascismo. O fascismo é o mal que todos do século XX saberiam apontar como o mal. Mercedes tem o mal em seu encalço. Ofélia, nas tarefas que tentar cumprir para ser princesa, enfrenta seres que são as versões metafóricas e alegóricas do fascismo e, em certo sentido, do próprio Vidal. LEGENDADO EM PORTUGUÊS.

Um comentário:

Unknown disse...

o filme é a encenação das características manipuladoras do fascismo que tomam posse do poder para manter sob suas mãos o andar da nação espanhola. As várias cenas são predefinidas com a intenção de passar algum sentido, significado ao leitor( telespectador) de quais são as características desse regime radical e autoritário.
o mal se personifica na figura dos seres míticos que representam as figuras reais que atuam nesse sistema hostil de governo.

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