domingo, 28 de junho de 2009

NA NATUREZA SELVAGEM

O EXISTENCIALISMO DE SARTRE NO FILME
"IN TO THE WILD" (NA NATUREZA SELVAGEM)
Depois da formatura, o jovem Christopher McCandless, de 22 anos, que nunca teve uma boa relação com os pais, ricos e sempre preocupados com status, resolve lançar-se ao mundo com a sua mochila nas costas, em um carro velho que, logo nos primeiros quilômetros de estrada, dá problemas e é abandonado pelo desapegado rapaz. Mas, diferente da maioria dos mochileiros, que sonham percorrer o mundo, o objetivo do jovem é embrenhar-se no Alasca e tentar sobreviver apenas do que a natureza lhe oferece. A idéia é ficar o mais distante possível dos pais, da civilização e do conforto e da comodidade que ela proporciona. Assim, de carona em carona, o agora Alex Supertramp, como ele mesmo passa a se denominar, influenciado por escritores como Jack London, Leon Tolstoi e Henry David Thoreau, experimenta momentos de pura liberdade, que rendem belas cenas, como quando está no alto de uma montanha ou descendo uma corredeira. Disposto a sobreviver por si próprio, Alex tem a sorte de encontrar um ônibus abandonado, que já serviu de morada para outra pessoa e agora lhe abrigará das intempéries. É neste reduzido e improvisado espaço que ele faz suas precárias refeições, anota suas impressões sobre sua jornada solitária e coloca em dia sua leitura. O filme evoca o tempo todo, em seus longos 148 minutos de duração, os tópicos: liberdade, sociedade, natureza, verdade, sentimento, moral, solidão, e este mix de tudo é um mergulho numa utopia pós-hippie, que nem seus tios mais velhos acreditariam mais.

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